Sinopse
“Soldados a Caminho do Puteiro – Memórias de uma Guerra quase Imaginária” é um documentário que denuncia uma parte oculta da história do Brasil que ainda precisa ser esclarecida.
O filme narra a Guerrilha do Araguaia por um foco diferente, através da história pessoal de Hermes Leal, que volta à cidade onde viveu até 12 anos de idade, quando sua rua era tomada por militares, e refaz a guerra através do imaginário de seus moradores.
A rua onde Leal viveu na infância fazia a ligação entre o aeroporto e um puteiro à margem do Rio Tocantins, na cidade de Carolina, sul do Maranhão, na região do Bico do Papagaio, onde acontecia uma guerra sangrenta.
Hermes Leal conversa com as pessoas, buscando pela memória dos moradores as lembranças da época, como a guerra os atingia, muitos não sabiam o que acontecia, outros faziam parte do palco da guerra.
Enquanto os moradores relatam uma guerra imaginária, os guerrilheiros e especialistas relatam a guerra real. Foi a maior organização de tropas militares no país desde a Segunda Guerra Mundial.
A guerrilha foi um dos maiores massacres na história do país, onde 69 guerrilheiros enfrentaram 15 mil homens armados, foram eliminados, alguns degolados e até hoje seus corpos nunca foram encontrados.
É narrado por um pescador que virou poeta e por José Genoino, ex-guerrilheiro, e mostra como o mito dos guerrilheiros se propagava, tendo Osvaldão como o principal deles, e ainda a fascinante história sobre a lendária visita de Che Guevara à região.
“Soldados a Caminho do Puteiro – Memórias de uma Guerra quase Imaginária” é um resgate à memória de uma das guerras mais sangrentas e de desrespeito aos direitos humanos que existiu recentemente na história do Brasil.
A Guerrilha do Araguaia, o movimento armado que ocorreu entre 1972 e 1974, foi uma guerra que não teve cobertura jornalística, nem um tipo de registro audiovisual. A censura e a mão de ferro da ditadura esconderam a carnificina que ocorria na região do Bico do Papagaio.
Cerca de 15 mil soldados se envolveram no conflito, para enfrentar 70 guerrilheiros mal armados, que foram quase todos massacrados e alguns ainda tiveram suas cabeças decepadas e seus corpos desaparecidos. Um massacre como o de Canudos, onde os guerrilheiros eram chamados de fanáticos que precisavam ser eliminados.
O filme resgata, através da memória de pessoas simples que moram numa mesma rua e de ex-guerrilheiros, como foi uma das maiores guerrilhas do país.
Exibição
Festivais
- 21º Cine Ceará – Festival Ibero-Americano de Cinema (2011)
- 15º FAM – Florianópolis Audiovisual Mercosul (2011)
- 10º Chico – Festival de Cinema de Palmas (2011)
- 38ª Jornada Internacional de Cinema da Bahia (2011)
- 38ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo (2011)
TV
- Canal de TV por assinatura CINEBRASiLTV (2016)